Justiça Autoriza Compartilhamento de Provas Contra Bruno Henrique e Rejeita Pedido de Sigilo
A Justiça do DF autoriza a Polícia Federal a enviar provas ao STJD e à CPI da Manipulação de Jogos, ampliando investigações sobre o atacante do Flamengo, acusado de manipular cartões amarelos no Campeonato Brasileiro de 2023.

Caso Bruno Henrique (Flamengo): Últimas Notícias
Contexto: O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de apostas esportivas. A investigação apura se o jogador forçou o recebimento de um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023, para beneficiar apostadores.
Últimos Desenvolvimentos (Maio de 2025):
- Justiça Nega Sigilo: A Justiça do Distrito Federal negou um pedido feito por parentes de Bruno Henrique para que a investigação tramitasse em segredo de justiça. A decisão foi tomada na quarta-feira (30 de abril de 2025).
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal — Foto: Alexandre Durão
- Compartilhamento de Provas Autorizado: O juiz Fernando Brandini Barbagalo autorizou a Polícia Federal a compartilhar as provas coletadas durante a investigação com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, que está em andamento no Senado Federal. A Justiça já havia autorizado anteriormente o compartilhamento com a CPI e negou um pedido de reconsideração feito pela defesa do jogador.
- Possível Novo Inquérito no STJD: Com o acesso às provas da investigação policial, o STJD poderá instaurar um novo inquérito desportivo contra Bruno Henrique para apurar a conduta do atleta sob a ótica da justiça desportiva.
- Investigação e Indiciamento: Bruno Henrique e outras nove pessoas (incluindo seu irmão, a esposa do irmão, uma prima e amigos do irmão) foram indiciados pela Polícia Federal no mês passado. O jogador e seu irmão foram indiciados por fraude em competição esportiva (artigo 200 da Lei Geral do Esporte) e estelionato. Os demais foram indiciados por estelionato. A investigação aponta que familiares e amigos teriam apostado no cartão amarelo que o jogador receberia.
- Evidências: A investigação se baseia em movimentações suspeitas de apostas relatadas por operadores e em mensagens encontradas nos celulares apreendidos durante uma operação de busca e apreensão em novembro de 2024. Em uma das conversas, o irmão de Bruno Henrique pergunta quando ele levaria o terceiro cartão amarelo, e o jogador responde: "Contra o Santos". O cartão foi de fato recebido nos acréscimos da partida contra o Santos.
- Posição do Flamengo e do Jogador: Apesar do indiciamento, o Flamengo optou por não afastar Bruno Henrique do elenco. O jogador nega ter agido com conhecimento para beneficiar apostadores.
- Próximos Passos: O relatório da Polícia Federal será analisado pelo Ministério Público do Distrito Federal, que decidirá se oferecerá denúncia formal contra os indiciados.
- Dados de Casa de Apostas: A Justiça também determinou que a casa de apostas Blaze forneça dados relacionados a alguns dos investigados, complementando as informações já obtidas.
Fontes: As informações foram compiladas a partir de notícias recentes publicadas por veículos como ge.globo.com, Lance!, G1, Metrópoles e Itatiaia em 1º de maio de 2025.
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